Em setembro último o magnlfico reitor, via Diretoria de cooperação Técnica-DCT, convidou alguns professores de diferentes áreas da conhecimento (Educação, Ciências Sociais, Ciências da Saude Ciências do Ambiente) para juntos avaliarem uma praposta de canvénio - Projeto Jauaperi - apresentada á Universidade pela Associaçáo Amazônia (l), a qual "possui uma reserva privada na Igarapé Xixuaú, afluente do Rio Jauaperi (Km 85 a partir da foz) (...)" é um sltio de l00 ha a 75 km (da foz), na comunidade Samauma.
Faram realizadas algumas reuniões de trabalho, (a primeira dirigida pelo Magnifico Reitor) a partir das quais deciciu-se por se realizar uma expedição á àrea de influência do referido prajeto conforme oficio circular DCT 018/93 de 29.10.93 (2).
Este relatorio como tal, tem a finalidade de apresentar
as impressões que tivemas da 8rea em questãa e algumas cansiderações
preliminares. De imediato calacamo-nos a disposição daqueles
que desejarem maiares infarmações.
(l).Sociedade Civil sem fins lucrativos, com sede e foro em Manaus, localizada na rua Recife, n.l620, Adrianópolis e cam personalidade jurídica. .
(2). Copia do projeto e oficio em anexo
0 relatorio da expedição é reserva privada da Xixuau, situada as margens do igarapé do mesmo nome, afluente do rio Jauaperi tem a finalidade de apresentar a comunidade universitária, através da Diretaria de Cooperação Técnica (DCT) vinculada ao Gabinete do Reitor, as impressões que tivemos da área em questão, assim como os trabalhos que vem sendo realizados pela Associação Amazônia e seus parceiros.
A expedição deveria ter se realizado entre as dias 02 e 14 de novembro p.p., no entanto a mesma aconteceu entre 01 e 11 do mesmo mes. Esta alteração da calendario se deve aos seguintes fatores:
a)decidimos partir dia 0l a fim de ganhar tempo, na medida que o dia 02.11 seria feriado nacional.
b)como realizamas nossas atividades normalmente durante
os dias 06 e 07.11 (sábado e domingo respectivamente) nos foi possivel
dar conta do nasso trabalho antes do previsto, fato que nos possibilitou
"pegar uma carona" no barco Natureza, fretado pelo cineasta Nick Gordan
(da Survival Anglia TV - Nirwich, Inglaterra) que vem realizando filmagens
de espécies animais na área da reserva.
I. DAS COMUNIDADES EXISTENTES NA AREA
Na área de abrangência do Projeto Jauaperi existe um total de dez comunidades, das quais visitamos as oito mais representativas e numerosas.
|
|
|
Ajudá | 5 | 60 |
Maracã | 1 | não visitada |
Murumuru | 2 | não visitada |
Tamanau | 7 | 46 |
São Pedro | 15 | 120 |
Palestina | 9 | 48 |
Xiparipaná | 2 | 10 |
Samauma | 13 | 70 |
Itaquera | 10 | 65 |
Xixuau | 2 | 13 |
Deixamos de entrar em cantato com as comunidades de Murumuru e Maracá por dificuldades de lacamoção e pelo fato de se tratar de comunidades cam apenas uma e duas familias respectivamente. No entanta, acreditamos que tal fata não prejudicou, de forma alguma, nasso trabalho.
Das dez comunidades em questão, cinco estão situadas do ponto de vista geagráfico - em terras da estado (ex-território) de Roraima, na medida em que o rio Jauaperi a partir de um certo ponto torna-se divisor natural entre os estadas de Raraima e Amazonas.
No entanto, este fato, do ponto de vista da organização social e economica, é irrelevante na apinião daquelas comunidades na medida em que mantem relações camerciais e saciais com as cidades amazanenses de Navo Airão e Manaus.
Do ponto de vista politico (em especial politico-eleitoral) as moradores das comunidades em questão, na sua maioria, não passuem identidade com o estado de Roraima mas sim com o estado do Amazonas. Encontramas apenas uma familia que declarou "votar em Raraima porque vem um vereador buscar a gente com um motor ".
Não acreditamas que tais fatos, per si, possam ser abstáculos para quaisquer atividades promovidas pelo Projeto Jauaperi.
II. DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL
As comunidades visitadas possuem graus de organização social bastante deficientes,sobretudo no que se refere as suas necessidades cotidianas.
Na verdade, os unicos sinais de "organização estão na figura do "chefe da comunidode" que exerce o papel de porta-voz e intermediário entre a camunidade e a prefeitura do municpio de Novo Airão, alem de controlador e fiscal do equipamento (ja bastante sucateado) das casas de farinha, quando existem.
Em algumas atividades (festas, construção de casas de farinha e de escolas) as familias se cooperam, mas via de regra as atividades produtivas nas comunidades são individualizadas. Em algumas das comunidades, São Pedro e Samauma por exemplo, demonstraram tendência a - estimulados - experimentarem o trabalho cooperado em niveis inicialmente modestos.
Todas as comunidades declaram que o individualimo é
prejudicial á comunidade e entendem que é importante o apoio
da Universidade no sentido de ajudã-los a superar a questão.
III. ALGUNS PROBLEMAS APRESENTADOS
Em todas as comunidades visitadas há unanimidade
quanto aos "principais problemas".
Todas alegam a necessidade de um tecnico ou agronamo
a fim de ensiná-los a combater as pragas que atacam as plantações,
em especial as "lagartas e brocas" que atacam as bananeiras. Segundo relatos,
a ãrvore só dá bom fruto em sua primeira safra, depois
os frutos vão diminuindo em qualidade e quantidade.
Eles alegam necessitar de informações sobre
novas tecnologias aplicáveis ã realidade cabocla, camo por
exempla, o acesso a novas sementes pròprias para o clima amaxônico
ou ainda as especies de pequenos animais de corte (patos, gansos,galinhas
) também adaptãveis a nossa região e realidade socio-econômica.
Os trabalhadores das comunidades em questão tambem
gostariam de poder contar com o apoio da Universidade no sentido de oferecer-lhes
cursos de formação e recilagem de professores leigos.
Em vàrias comunidades não há professores e naquelas
onde existem "maestras",estas apontam como uma de suas maiores dificuldades
a auséncia de reciclagens permanentes.
Das dez comunidades visitadas da àrea de abragència
do Projeto Jauaperi, apenas cinco delas possuem escola, sendo que em uma
não há professor(a) há alguns meses.
Os referidos professares são remunerados pela Prefeitura Municipal de Novo Airão que também è responsàvel pela merenda escolar. Esses profesores pessuem em média a quarta série dó primeiro grau, porém hé uma professora (Sra. Maria Amélia F. Peres, da comunidade de Samauma) que possue o primeiro grau campleto.
No que diz respeito as condições de saùde dos trabalhadores, segundo depoimentes, há muitas dificuldades a serem enfrentadas, pois não há posto de saúde na área e tampouco condições adequadas para se buscar sacorro em Nevo Airão ou em Manaus. Muitas vezes eles se váem obrigados ·a remar durante horas até encontrar algum tipo de socorro. Eles apontam coma salução a instalação de um posto de saùde na àrea, assim comó a treinamenta de primeiros socorros aos membros das próprias coniunidades.
Tratá-se de questões bastante impartantes mas não vamos nos ater as mesmas na medida em que o médica e praf. Worney Silva Miranda,que nos acompanhau na expedição,deverá apresentar com mais propriedade seu relatório.
No que tange a produção agricala, podemos dizer que ela ocorre de forma bastante desorganizada e sobretudo de forma despotencializada, au seja: não existe uma organizáção espacial de produção, de modo que as patencialidades do solo, da luminosidade e da água, muitas vezes não são bem aproveitadas, provacando uma grande redução da produção. Associado a estes fatores temos uma produção familiar individualizada, fato que, por um lado, acaba por encarecer a produção e, de outro, aumenta as dificuldades em realizar no mercado o resultado da pradução pois as quantidades são insignificantes do ponto de vista comercial.
Nas comunidades visitadas são praduzidos, em geral, mandioca (beneficiada em farinha),abacaxi, cana-de-açucar (depais transformada em "mel de cana") e diferentes qualidades de banana.
Alèm do que, há coleta de castanhas e outros frutos nativos, bem como a pesca para a subsistência. Algumas famllias tem se empenhado em coletar peixes ornamentais "de aquàrio" atendendo a encomendas de comerciantes/expartadores de Manaus. Atualmente as encomendas tem sido do "peixe disco".
Um grande problema que tem abatido as comunidades do Jauaperi é o fato de barcos pesqueiros (geleiros), na sua maioria de Manaus, estarem realizando pesca predatòria tanta no leito do rio quanto e, sobretudo, nos lagos e igarapés da régião. Segundo relatos, com frequáncia os barcos pesqueiros têm "limpado os lagos" com malhadeiras ou, quando não, usam dinamites causanda a morte de cardumes inteiros de peixes, os quais muitas vezes são abandonados mortos ás margens dos igarapés ou lagas.
Este problema se agrava na medida que alguns moradares das próprias camunidades, em traca de pequenas remunerações, acabam por ejudar os pesqueiros na localização de cardumes e/ou lagos que ainda possuem peixes em abundància. Como em muitas igarapás e igapós os barcos não conseguem entrar, os proprietàrios pagam áqueles moradores cerca de CR$ 40,00 (US$ 0.18) por quilo de peixe que ali pescam.Cada grupo de dois ou três "bons pescadares" após toda uma noite de trabalho chegam a pescar cerca de 50 a 70 kilos. As despesas com o gelo para a conserva do pescado, assim como para a compra das pequenas lampadas que usam em suas lanternas são abatidas do valor final alferido.
O que alguns daqueles trabalhadores alegam é que
"precisam comer e dar de comer á famllia, e a farinha,
a banana a castanha não são suficiente ,além de a
gente não canseguir um transporte prá ir vender em Manaus
ou Airão.&qout;
DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
A area do Projeto Jauaperi è, do ponto de vista ecológico ,bastante privilegiada pois não tem esperimentedo açães depredatórias tantco do ponto de vista da flora quanto da fauna (à exceção do caso dos peixes acima citadas), fato que nos parece
bastante significativo na medida em que a ASSOCIAÇÃO AMAZÔNIA, em documento apresentado à esta Universidade, afirma ter como uma de suas principais preocupações a realização de um levantamento taxionomico e, em seguida,um trabalho de preservação associada a exploraçao racional das patencialidades que vierem a ser registradas naquela região.
Durante nossa estadia na área nos foi possivel verificar - in loco - a existência de inumeras espécies animais dos quais destacamas macacos da familia HIPALIDEOS (sauim de coleira por exemplo), ,jacarés-açu e jacaretingas, ariranhas e lontras.
Uma outra caracteristica que chamou-nos a atenção foi o grau de transparência de água do Igarapé Xixuaù, apesar de que, durante os dias em ali permanecemos,ocorria um repiquete do Rio Jauaperi.
Camo não poderia ser diferente, este relatório
tem a finalidede de apresentar algumas impressões, e como nossa
farmação passa ao largo das ciências naturais não
entraremos em mais detalhes quanto as caracteristicas da região
,a não de afirmar que se trata de uma ãrea bastante rica
do ponta de vista de sua biadiversidade animal e vegetal.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARE5
A Universidade existe enquanto tal no momento em qua
ocorre pari passu o ensino, pesquisa e extensão. Se pretendemos
construir uma Universidade com qualidade, e respeitabilidade não
somente ,junto as instituições universitárias mas
também, e sobretudo, junto a sociedade é mister ampliar nossas
ações junto as comunidades interioranas.
E verdade que passamos por inumeras dificuldades ecônomico-financeiros, as quais acabam par obstaculizar projetos, na entanto è importante que sejamos arrojados e criativos na pesrpectiva da superação dos obstáculas.
Sabemos que a região Amazônica sempre despertou inumeros interesses ( muitos dos quais escusos ), e nos ùltimos.
·
.
I- HISTÓRICO
A Associação Amazônia, sociedade
civil sem fins lucrativos, possui uma reserva florestal
privada no igarapé Xixuaú, afluente da
margem direita do rio Jauaperi na divisa entre os Estados do Amazonas
e Roraima. A referida entidade desenvolve em conjunto com
instituições nacionais e estrangeiras projetos de conservação
ambiental, como: INPA, Universidade de Roma e Anglia Television.
Por se tratar de uma região onde a assistência
institucional particamente é inexistente, está
sendo proposto a execução de um projeto
de desenvolvimento socio-econômico nos primeiros l00 Km do
rio Jauaperi, que vai da sua foz ao igarapé do Xiparinã.
II- OBJETIVOS
A principio pretendia-se elaborar um diagnóstico
preliminar das condições de saúde
da área de atuação do Projeto Jauaperi. Por
motivos de ordem operacionais, essa primeira viagem teve
seus objetivos redefinidos, sendo destinada a reunir
os comunitáriosdas diversas vilas espalhadas ao longo desses l00Km.
Durante estes encontros descutia-se as intenções do programa, anseios da comunidade e contraparte da Universidade do Amazonas.Procurou-se também levantar informações a respeito das caracteristicas demográficas, morbi-mortalidade e assistência médico-sanitária.
III- RELATÓRIO
A viagem iniciou-se no dia Ol/nov. /1993 com saida do
porto de Manaus ao final da tarde. Durante o primeiro trecho da viagem
discutiu-se com os dirigentes da Associação Amazônia
as estratégias de trabalho, caracteristicas geográficas e
demográficas das localidades a serem visitadas. Após 24 horas
de viagem, chegamos ó comunidade de Aiudá, que fica nas proximidades
da foz do rio Jauaperi. Nesta localidade vive uma familia composta de 10
pessoas, mantendo-se do extrativismo de produtos da floresta e agricultura
de sobrevivência. Seguimos viagem até a comunidade de São
Pedro, onde deixamos o barco que nos havia transportado desde Manaus para
continuar o resto da viagem na embarcação do administrador
da referida localidade, Sr. Hely, que nos acompanhou nas visitas ã
outras comunidades, servindo como mediador entre nossa equipe e a população
local, pois possui uma certa liderança na região. A partir
deste momento, foi decidido que não era possIvel, como se pretendia,
realizar o levantamento censitário, devido a problemas operacionais
como: não disponìamos de questionários suficientes;
em algumas comunidades seria necessário mais de um dia para realizar
levantamento desta natureza; em algumas das localidades as pessoas chaves
estavam ausentes, etc. Então, resolveu-se que um levantamento de
caráter qualitativo era adequado aos nossos objetivos em primeira
instãncia.
Após reunirmos com a comunidade de São Pedro, que f igura como ponto central entre as comunidades nesses l00Km, como também nos pareceu ser a mais bem estruturada em termos de organização comunitária, prosseguimos, por um periodo de oito dias, visitando as comunidades de Itaquera, Palestina, Tanauaú, Samaúma, Xixuaú e Xiparinã.
A seguir apresentaremos nossas conclusões preliminares
sobre as caracterìsticas sanitárias da região visitada,
considerações e recomendações sobre o programa
em questão.
IV- CARACTERÍSTICAS DA ÁREA
Ecológicas- A região se manteve praticamente
preservada ao longo desses últimos anos de exploração
da Amazônia, no entanto a presença de barcos pesqueiros na
região (Gelador), talvés seja hoje em dia o mais importante
fator a influenciar o meio ambiente, e a sobrevivência do homem na
região.
Demogáficas- A região do Rio Neqro é
uma das regiões da Amazônia menos povoada. Ao longo dos l00Km
de atuação do projeto Jauaperi, se localizam dez pequenas
comunidades. A seguir mostramos uma tabela descriminando o nome, localização
geográfica e numero estimado de familias.
|
|
Nº ESTIMADO DE FAMILIAS |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
TOTAL |
|
Como o levantamento censitário não foi realizado, as caracteristicas da comunidade serão inferidas de entrevistas, com questionário, com cinco familias da comunidade de São Pedro e uma da comunidade de Aiudá. Considerando as seis familias como representativas da população da região, detectou-se as seguintes aspectos: o número médio de pessoas por familia foi de 8 indivíduos,o que indica que provavelmente habitam a região aproximadamente 500 pessoas.
A maioria dos chefes de familia é de origem cabocla, significante parcela da população veio de outras regiões do estado, a maioria já está na área a mais de l0 anos, porãm alguns recentemente vieram da cidade tentar vida no interior devido a crise econômica.
A distribuição por faixa etária mostrou que, 24.6% (13/53), 37.7% (20/53), 37.7% (20/53)da população era da faixa de idade de menos de 5, de 5 a 15 e maior de 15 anos respectivamente.
Econômicas- A economia local apresenta certas peculiaridades. A região é endêmica de peixes ornamentais, atividade explorada por alguns poucos que possuem um pequeno barco (os piabeiros). A região também começa a explorar o turismo ecológico de aventura, vocação que está ligada à éxuberãncia da flora e fauna da região. Outras atividades que talvés se constituam como possiveis fonte de renda é a carpintaria naval e o artesanato, pois existe na área pessoas com abilidades para essas duas atividades.
A população mais carente, sobrevive da produção de farinha de mandioca, pesca, venda de serviço braçal geralmente aos barcos pesqueiros e da coleta de produtos da floresta como: madeira e castanha, que geralmente é comercializada com os regatões. Parte da população depende economicamente do Estado, como os professores e aposentados. Através de um convênio da prefeitura de Novo Airão e o Sr. Hely, administrador da comunidade de São Pedro, mensalmente essas pessoas são transportadas para a cidade para receberem seus vencimentos, o que funciona como escoamento alternativo da produção. Tomando como base as seis familias entrevistadas, a renda média mensal é de aproximadamente l0 mil cruzeiros reais, 35 (US$) dolares americanos.
Sanitárias
Os principais problemas de saúde referidos durante
as reuniões com as comunidades eram doenças comuns como,
febre, gripe diarréia, e recentemente o aparecimento de alguns casos
de malária. Foi relatado duas mortes este ano na região,
uma na comunidade da Palestina de uma menina de 6 anos de idade, que morreu
queimada em um acidente com gasolina, e outra em São Pedro de uma
garota, que segundo o pai morreu com pneumonia. Os acidentes parecem ser
importantes na região, e grande maioria das pessoas referia problemas
odontológicos. Na área também vivem pessoas idosas
apresentando problemas de saúde comuns a essa faixa de idade. O
diagnóstico de saúde da região fica dependendo de
execução de fase posterior do programa.
A maioria da população vive em condições precárias em relação ao saneamento básico. As moradias são geralmente de madeira cobertas de palha com assoalho de paxiúba, tem em média dois c8modos onde vivem em média oito pessoas por residõncia. A água para beber é retirada do rio e bebiba sem nenhum processo de purificação, os dejetos humanos e o lixo são despejados no mato próximo às residências.
Serviços
Serviços básicos de saúde como,
vacinação, controle de endemias, dispensação
de medicamentos básicos, borrifação das casas, atendimento
odontolgico etc. . . , é realizado pela Fundação Nacional
de Saúde (FNS) dos estados de Roraima e Amazonas. Os governos municipais
de Novo Airão e São José do Anauá, desenvolvem
programas nas áreas de educação e produção,
principalmente na contratação dos professores, construção
de escolas e distribuição de materiais agricolas como casas
de farinha e sementes. Nó entanto, esta participação
é incipiente e ineficiente.
A população reinvidica melhoria nos serviços oferecidos, bem comoconstrução de postos de saúde, mais escolas, professores mais bem treinados e mecanismos que incentivem a economia local.
V- CONSIDERACÕES FINAIS
De acordo com as informáções obtidas nesta primeira viagem, considerando os objetivos básicos do programa e o papel da Universidade frente às comunidades rurais, acreditamos que·esta seja uma oportunidade ímpar em que Instituições de naturezas diversas, possam se unir na tentativa de intervir na realidade sócio-econômica de nossas populações carentes. No entanto, é necessário que seja estabelecido, em comum acordo, os papéis de cada uma das Instituições envolvidas.